Voltar para RELATÓRIO PIBID 2015

COMO O PIBID IMPACTOU EM MINHA FORMAÇÃO

 

Pibidiano A

aprendi a ser paciente no que diz respeito ao tempo dos alunos

Para antes comentar sobre as mudanças positivas que que o programa me trouxe, quero falar sobre as concepções prévias que eu possuía de como era se trabalhar numa escola. Primeiramente, eu não sabia ao certo se eu teria o que era necessário para se lidar com alunos. Nunca tive a experiência antes, e meus primeiros encontros foram envoltos por uma vergonha da minha parte de falar, me apresentar, explicar. Não durou muito (felizmente), e lá pela segunda ou terceira vez que fui à escola, me senti a vontade de socializar mais com os alunos, para não alimentar uma relação de apenas professora-alunos.

Mais além, eu tinha a ideia de que há sempre uma distância na relação entre os professores e os alunos, talvez porque projetei a minha experiência de colégio aqui. Também não imaginava que os alunos eram todos muito amigos. Como, no colégio que eu estudei, os alunos de salas e anos diferentes não eram muito amigos e não interagiam tanto, supus que seria assim também. Perceber que eles eram mais unidos, e que alunos de anos diferentes conviviam muito bem foi uma surpresa muito agradável.

Outra visão que eu tinha, era a de que preparar aula não daria trabalho e seria possível montá-las em apenas alguns minutos antes. Tive outra surpresa ao perceber que, se desejo planejar uma aula de fato boa, não posso me dispor de só alguns minutos para pensá-la. Mais do que isso, que se eu quisesse estar de fato preparada para a aula, eu deveria pesquisar mais do que planejava passar, para estar disposta a responder perguntas que ocasionalmente os alunos fazem que vão mais além no tema.

Agora, o que essa experiência de um ano me acrescentou na formação como professora: principalmente, quero destacar a importância de tentar sempre se lembrar de que o que é trivial para nós, professores, não é para os alunos. Digo isso porque fui pega muitas vezes passando reto em contas de fração ou com vírgula, assunto que achei que o 2º ano (ano para o qual eu dei as aulas de contra turno) dominasse, sem perceber que eles ficavam confusos em como cheguei no resultado.

Mais do que isso, aprendi a ser paciente no que diz respeito ao tempo dos alunos. Lembro de, no começo, passar a matéria muito rapidamente, e dar pouco tempo para os alunos resolverem exercícios. Além disso, sempre ao fazer uma pergunta à sala, tenha paciência de esperar os alunos pensarem na resposta. Não a dê logo de cara, tão facilmente. Justamente por o assunto nos parecer trivial, achamos que eles precisam de pouco tempo para pensar sobre, sendo que não é verdade.

De modo geral, agradeço muito pela oportunidade que tive de fazer parte desse programa. Pude perceber que, de fato, o PIBID faz a diferença quando levamos os alunos a uma exposição de museu que tratava sobre assuntos já vistos no semestre anterior. Nessa exposição, foram alunos que participavam no projeto e alunos que não. Os alunos que participavam demonstravam mais entendimento sobre os experimentos e explicações da exposição dos que os que não. Inclusive, algumas vezes esses mesmos alunos pediam explicações e os participantes do PIBID sabiam responder com certa propriedade às dúvidas.

Pibidiano B

o PIBID me fez enxergar muito melhor como é de verdade uma sala de aula

O programa me ajudou muito a crescer como profissional, e a desfazer concepções erradas que eu tinha a respeito de como era se trabalhar numa escola, justamente por eu não ter tido a oportunidade antes de trabalhar. Acredito que quando eu retornar ao ensino público como professora, toda a experiência que eu tive vai me ajudar a ser uma melhor profissional.

Normalmente, nos cursos de licenciatura, os futuros professores recebem os conhecimentos teóricos primeiro, e apenas no fim da graduação tem contato com escolas por meio dos estágios supervisionados. E ainda assim, alguns desses estágios são apenas de observação; e outros com apenas uma aula ou interversão no semestre. Ou seja, o sujeito se forma professor tendo dado apenas algumas horas de aula. Com isso, ao chegar na escola pela primeira vez, o professor, totalmente inexperiente, se depara com situações pelas quais ele nem imaginava que passaria, e além disso, nota que não está preparado para resolver problemas que ele pensou que estaria.

O PIBID faz com que essa carência de experiência seja muito menor. Claro que o bolsista não sairá um expert na arte de ensinar, contudo, ele sai, ao meu ver, muito à frente dos que nunca tiveram uma experiência parecida. O programa é como uma experiência profissional, com algumas vantagens. A primeira é que se o bolsista cometer algum erro, ele não será severamente cobrado ou demitido por isso, como seria em um emprego de professor. Outra vantagem, é que tem dois profissionais altamente capacitados para orientar as atitudes do bolsista. Um, o coordenador do projeto, com um grande conhecimento teórico em práticas pedagógicas; e outro, o supervisor da escola, com anos de experiência e vivencia na sala de aula da educação básica. E a junção desses dois tipos diferentes de conhecimento proporciona uma enorme fonte de consulta e aprendizagem para o bolsista.

Ser bolsista do PIBID me fez enxergar muito melhor como é de verdade uma sala de aula; ver o quão grande é a diversidade de alunos e que cada aluno precisa de abordagens e tipos diferentes de incentivo para ter gana por aprender. Me fez perceber que o professor não é só alguém que está à frente para passar conhecimentos de ciências, o professor é, muitas vezes, um exemplo para o aluno, e uma pessoa até para pedir concelhos totalmente desvinculados à educação – experienciei isso mesmo nem sendo o professor de verdade-. No PIBID aprendi como organizar uma lousa, que diga-se de passagem é um conhecimento extremamente importante e difícil que ninguém nos ensina na faculdade.

Em resumo de tudo, o PIBID me fez crescer muito como um futuro professor e ter certeza de que, mesmo com as dificuldades, essa é a profissão que desejo seguir por várias décadas da minha vida.

Pibidiano C

o ensino é muito mais abrangente quando se está no papel de professor

O PIBID permitiu o meu desenvolvimento no que diz respeito a didática em sala de aula, vivenciando de perto as diferentes dificuldades dos alunos, permitindo auxiliar cada um deles no seu caminho para o aprendizado. Foi uma grande experiência dentro da sala de aula, por que diferentemente de quando se é aluno, a visão do que é o ensino é muito mais abrangente quando se está no papel de professor. Pude notar que nem todos os alunos aprendem da mesma forma, uns tem mais dificuldades que outros, uns se mostram mais interessados que outros, assim é necessário para um professor saber lidar com essas diferenças de maneira a não prejudicar a aula e a turma em si.

Também foi uma oportunidade de aprender mais sobre outras áreas da ciência, como foi o caso com o trabalho sobre física médica, onde pudemos trazer um pouco para a sala de aula o trabalho de um físico médico.

Dessa forma posso concluir que o o trabalho durante esse ano acabou sendo muito enriquecedor para a minha formação como profissional na área da educação.

 Pibidiano D

com o PIBID sei que meu início como professor será muito melhor

No PIBID eu pude aprender muitas coisas, tanto observando e auxiliando a professora Laura, quanto lecionando algumas aulas. Ao observar a Professora Laura eu pude notar o quanto é interessante fazer atividades em grupos e experimentos com os alunos, bem como avaliar a aula da professora do ponto de vista de futuro docente, analisando os pontos fortes e fracos, as atividades que davam e não certo.

No PIBID eu também tive oportunidades de conviver um ano inteiro com duas turmas, e de participar de atividades que nos estágios da graduação eu não teria, como reuniões e ATPCs, inclusive de trabalhar com um diário de classe, aprendendo como fazer anotações e formas de trabalhar com o currículo escolar.

Com relação aos experimentos eu os acheis incríveis, e os alunos realmente gostavam e interagiam. Como o experimento em que os alunos deveriam construir um carrinho e prender uma bexiga nele para apostar uma
corrida. Os alunos se divertiram e foram bonificados os que se saíram melhor. O experimento ajudou os alunos a entenderem melhor as leis de Newton.

Na aula de medir a constante gravitacional da Terra eu pude ajudar os alunos a fazer as medições na sala de  aula, com o auxilio de uma trena, um cronometro e uma bolinha de gude, os alunos fizeram diversos lançamentos de diferentes alturas e mediram os tempos, eu pude notar as dificuldades que os alunos possuem em fazer medidas e encontrar os erros associados, e então, tive a oportunidade de lidar com essas dificuldades e tentar ajudá-los no experimento.

Neste mesmo experimento eu sugeri a professora Laura para que eles medissem a aceleração gravitacional de um jogo, e eles o fizeram, e embora eles tiveram bastante dificuldade, eu tive a oportunidade de lecionar uma aula sobre o experimento, refazendo as medidas com os alunos e calculando com eles a aceleração gravitacional, e também fiz o experimento para medir o reflexo deles com o auxilio de uma régua e um cronômetro, nesta aula tive a oportunidade de preparar uma aula e interagir com a sala, onde consegui me auto avaliar e melhorar a qualidade da minha aula.

Em uma outra interação minha a professora havia me pedido para dar uma aula sobre foguete, preparei a aula em casa e quando deu a aula eu gastei muito tempo explicando coisas que eu achei que demorariam menos tempo, e no fim acabei precisando de duas aulas para passar o conteúdo. Com isso, aprendi a administrar melhor o tempo e preparar a aula pensando nas variáveis. Nas aulas que eu lecionei, pude notar o quão é difícil manter a atenção dos alunos, e que nos dias de hoje é preciso de atividades dinâmicas para ensiná-los com maior eficacia, como por exemplo trabalhos em grupo, experimentos, vídeos, pesquisas, etc.
Também tive a oportunidade de ministrar mais aulas, e nestas aulas eu pude sentir realmente como será minha
carreira profissional, o que eu jamais teria tido como experiência no curso de graduação. Além de tudo, sempre pude ajudar nas dúvidas dos alunos, nas atividades da professora, como corrigir trabalhos e preparar materiais na escola. Com isso pude notar a dificuldade dos alunos na hora da avaliação e na falta de estudo de muitos deles. Contudo, com o auxilio do PIBID eu consegui desenvolver melhor minhas habilidades como docente, o  que apenas com as matérias regulares do curso de licenciatura da graduação não seria possível.

Com o PIBID sei que meu início como professor será muito melhor.