O grande medidor (1852 – 1931)
- Medida é o fundamento da física. Ela provê o vínculo essencial. entre observação e análises matemáticas, sem elas não haveria nenhuma física como nós a conhecemos. Dai a razão porque Albert Michelson, o grande medidor, está no patamar dos grandes físicos.
- Albert Michelson nasceu em Strelno, Alemanha em 1852. Quando ele tinha dois anos de idade, a família emigou para cidade de Nova Iorque. Então seguindo o ciclo do ouro vai para a Califórnia, e depois da prata segue para Nevada. Finalmente eles se instalaram na cidade de Virgínia onde abriram uma loja pequena. Como o dinheiro estava escasso, parecia certo que a educação de Albert terminaria com a escola secundária.
- Mas o Albert teve outras idéias. Candidatou-se para o exame de seleção na U. S. Academia Naval, mas apesar dos resultados dos exames favoráveis e muitas cartas de recomendação, não foi aprovado. Ele insistiu muito e acabou sendo conduzido à Washington D.C. onde acabou encontrando o Presidente Grant nos solos da Casa Branca. A habilidade de Albert e tenacidade óbvia (junto com vários pontos de conveniência política) impressionou o Presidente, e o Albert recebeu um compromisso de acesso especial para a Academia Naval.
- Na Academia, a carreira acadêmica de Michelson foi a tradicional. Ele se formou, ficou dois anos no mar, casou-se, e depois voltou à Academia como um instrutor. É quando ele começou o seu trabalho em óptica.
- Aristoteles pregava que luz se propagada com velocidade infinita. Galileo tambem tentou medir a velocidade da luz usando dois homens com lanternas em colinas distantes, e falhou. Romer, um astrônomo dinamarquês, calculou a velocidade indiretamente, atraves de observações das luas de Júpiter. Finalmente, o cientista francês Fizeau conseguiu a primeira medida direta da velocidade luz. Outro francês, Foucault, melhorou o metodo e obteve resultados mais precisos.
- Michelson em 1878, com atenção engenhosa para o detalhe da velocidade de luz, melhorou a experiência de Foucault, e mediu 300 154 Km/seg. O resultado dele foi padrão por mais de 45 anos, até que foi melhorado finalmente – pelo próprio Michelson. Durante o trabalho de pesquisa para a experiência, perguntou-lheum repórter, por que ele queria saber a velocidade da luz. Sua resposta: ” Porque é tal como uma diversão “.
- Tendo medido o incomensurável, Michelson começou a detectar o indetectável, o ” luminiferous éter ” . Para fazer isto ele reprojetou o seu interferômetro (com financiamento de Alexander Graham Bell). Mas a medida requeria delicadeza tão incrível que vibrações inevitáveis conduziram a resultados imprecisos.
- Michelson tentou novamente em 1887, e desta vez estava trabalhando com Edward Morley, um químico. Eles construíram um interferômetro novo, mais volumoso, com uma pedra flutuando sobre mercúrio. Eles não descobriram o éter, falharam definitivamente. Não havia nenhum éter. Levou tempo até o impacto desta experiência ser sentido. A culminação veio com a teoria de Einstein de relatividade em 1905. Dois anos depois, Albert Michelson recebeu o premio Nobel em física.
- Em 1920 Michelson dirigiu o interferometro dele em direção às estrelas e conseguiu medir o diâmetro de Betelgeuse ( uma das maiores estrelas visiveis, esta na constelação de Órion onde ficam as conhecidas “tres Marias”).
- O Nova Iorque Times levou a história em primeira página. Em 1926 ele mediu a velocidade da luz novamente, com maior precisão ainda. Cinco anos mais tarde, com a idade de 79 anos, Michelson morreu. Ele deixou um conjunto de trabalhos experimentais que trouxe uma precisão inigualada para medidas físicas, e o maior resultado das medidas, embora negativo ( inexistencia do éter) mudou para sempre a nossa visão do universo.
- Referência: Michelson e a Velocidade de Luz, Bernard Jaffe, Nova Iorque, 1960.