- O professor do futuro – Gabriel Perissé
- “Para ensinarmos um aluno a inventar precisamos mostrar-lhe que ele já
- possui a capacidade de descobrir” (palavras do filósofo-poeta Gaston
- Bachelard).
- O professor, como os artistas, provoca o amor pelo conhecimento, um
- amor que já existia em nós, mas estava adormecido.
- O professor, como os profetas, desencadeia um processo de descoberta
- pessoal que, por sua vez, ativa nosso poder criador.
- Desencadear é retirar o cadeado.
- O professor liberta seu aluno. E os melhores alunos largam as mãos
- do mestre, depois de descobrir sua capacidade de andar sozinhos, de
- correr sozinhos, de voar mais alto.
- Muitos estudantes andam presos, e por isso deixam de andar. Estão
- paralisados pelo medo, pela falta de horizontes. Estão perplexos,
- olhando sem ver, ouvindo sem escutar, falando sem dizer, lendo sem
- entender, escrevendo sem pensar.
- Muitos estudantes estão na cadeia do desânimo, não sabem abrir
- caminhos com a força dos seus passos.
- Muitos estudantes são vítimas de uma reação em cadeia. Não agem, só
- reagem. Mal se defendem do mal. Passam de ano sem passar. Passam sem
- pensar. São passados para trás. Sem saber por quê, e por quem. Passam
- mas não ficam. Ou passam e continuam presos ao passado.
- O professor do futuro (e do sempre) deve ensinar, no presente, não o
- método que passa (e até faz passar…), mas a alma que permanece.
- Deve ensinar, não a única resposta certa em meio à múltipla
- desescolha, mas a capacidade de cometer erros criativos, de ver que um
- fracasso, didaticamente, vale mil sucessos.
- Ensinar, não a opção correta, a única porteira pela qual a boiada
- passa, de cabeça baixa, para o matadouro, mas a coragem de pular no
- escuro (se for preciso), e com os olhos abertos.
- Transmitir, não o conhecimento mastigado, a ração, mas despertar no
- aluno a vontade de mastigar por conta própria, de usar a razão, de
- saborear conhecimentos tradicionais e inéditos.
- O professor do futuro ensina, não o caminho das pedras, mas o amor
- às pedras que existem em todos os caminhos.
- O verdadeiro professor é um inspirador.
- Suas aulas são poéticas, proféticas.
- Não hipnotizam, acordam. Não cansam, desafiam. Não anestesiam, fazem
- refletir.
- O professor inspira confiança, inspira o desejo de chegarmos a ser
- deuses.
- O professor do futuro torna o futuro mais real que a banal ilusão…
- desilusão que alguns chamam de realidade.
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- O estudante do futuro – Gabriel Perissé
- O estudante do futuro é todo aquele que desenvolve a capacidade de
- descobrir, com entusiasmo crescente, novos aspectos da realidade.
- O estudante do futuro afasta de si o tédio, esta sensação imobilizadora.
- Porque o entediado não entende, e não consegue estender um dedo em
- direção ao conhecimento.
- O estudante do futuro considera tudo interessante porque ele mesmo se
- tornou uma pessoa interessada.
- O estudante do futuro é, por definição, adepto da estudiosidade, virtude
- de quem não precisa ser obrigado a mergulhar nos livros, a ouvir
- palestras, a assistir a filmes e peças de teatro com olhos (e
- ouvidos) de quem observa e absorve novas lições.
- Studium , em latim, é dedicação, gosto, amor. Studium fallens
- laborem : o verdadeiro trabalho de estudar é tão apaixonante que o
- estudante estudioso não sente o menor cansaço.
- O estudante do futuro larga as mãos do mestre que o ensinou a andar,
- pois descobriu que pode andar sozinho, correr veloz, voar mais alto.
- O estudante do futuro sabe que muitos colegas seus andam presos, não
- saem do lugar em que foram plantados, estão sem horizontes. Por isso,
- decidiu olhar com olhos de ver, ouvir com ouvidos de escutar,
- falar com palavras pensantes, ler com a ousadia da imaginação,
- escrever com idéias vivas.
- O estudante do futuro abre caminhos com a força dos seus passos. Não
- tem medo de errar, porque aprendeu que errar é mais do que humano, é
- humaníssimo, é condição para acertar com precisão, vencer com
- humildade, progredir com inteligência, opor-se à mediocridade,
- essa “amiga” que nos espera sempre de braços abertos.
- Aprender é ter a coragem de saltar para a luz, de olhos abertos.
- O estudante do futuro prefere a incômoda sensação de que não sabe, para,
- aprendendo, experimentar a deliciosa certeza de que ainda não sabia.
- O estudante do futuro deseja aprender, não apenas o caminho das pedras,
- mas a beleza das pedras que fazem existir todos os caminhos.
- Seu modo de ir à escola, de estar na faculdade, de freqüentar um curso
- qualquer, de participar de um congresso nada tem de escravo, de
- rotineiro. E ele exige professores que inspirem confiança, que lhe
- despertem a convicção de que é possível chegarmos a ser deuses.
- O estudante do futuro não perde tempo porque, estudando, não sente o
- tempo passar.
- O estudante do futuro já chegou lá.
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- ” Sucesso só vem antes do trabalho no dicionário” – A. Einstein
- “Uma coisa só e’ impossível até que alguem duvide e prove o contrário” – A.Einstein
- “O primeiro dever da inteligência é desconfiar dela mesma.” – Albert Einstein
- “Quando todo mundo esta pensando igual, ninguém esta pensando coisa alguma” – Walter Lipman
- . “Um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade. Um pessimista vê uma
- calamidade em cada oportunidade. – Winston Churchill
- “O sucesso parece estar vinculado à ação” C.H.
- “Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade” E.L.
- “Infelizmente ha mais pessoas preocupadas em dar explicações, que encontrar soluções” Alberto Saraiva
- “Nunca nada de grandioso foi conseguido sem entusiasmo” Ralph Emerson
- “Se voce não tem fracassos na vida, é porque não assumiu os riscos que devia” J.C
- “A primeira condição para ser alguma coisa é não querer ser tudo ao mesmo tempo.” Tristão de Ataíde
- “Tenha uma meta, uma meta é um sonho com prazo para acontecer”
- “Experiência não é o que acontece a você, mas sim o que voce faz com o que acontece” Aldoux Hexley
- “Nada é permanente, a não ser a mudança” Heraclito
- “Eu me contento facilmente com o melhor” W. Churchill
- “O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência”. Henry Ford
- .“Status é comprar coisas que você não quer, com o dinheiro que você não tem, a fim de mostrar para gente que você não gosta, uma pessoa que você não é. ” – Geraldo Eustáquio de Souza
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Textos interessantes.“Vencedores e perdedores“
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- UM VENCEDOR É SEMPRE PARTE DA RESPOSTA
- UM PERDEDOR É SEMPRE PARTE DO PROBLEMA
- UM VENCEDOR TEM SEMPRE UM PROGRAMA
- UM PERDEDOR TEM SEMPRE UMA DESCULPA
- UM VENCEDOR DIZ: DEIXE-ME AJUDA-LO
- UM PERDEDOR DIZ: NÃO É MINHA OBRIGAÇÃO
- UM VENCEDOR DIZ: PODE SER DIFICIL MAS NÃO É IMPOSSIVEL
- UM PERDEDOR DIZ: PODE SER POSSÍVEL MAS É TÃO DIFICIL.
- S E J A U M V E N C E D O R !!!
Uma mensagem a Garcia Elbert Hubbard.
- Esta insignificância literária, UMA MENSAGEM A GARCIA, escrevi-a uma noite, depois do jantar, em uma hora. Foi a 22 de fevereiro de 1899, e o artigo brotou espontâneo de meu coração.
- A idéia original, entretanto, veio-me de um pequeno argumento ventilado por meu filho Bert,quando ele procurou sustentar ter sido Rowan o verdadeiro herói da Guerra de Cuba. Rowan,solitário, pôs-se a caminho com o objetivo de levar uma mensagem de importância capital ao general Garcia. Qual centelha luminosa, a idéia assenhoreou-se à minha mente. É verdade, disse comigo mesmo, o rapaz tem toda a razão, o herói é aquele que dá conta do recado – que leva a mensagem a Garcia.
- Levantei-me da mesa e escrevi “Uma mensagem a Garcia” de uma assentada. Entretanto, liguei tão pouca importância a este artigo, que até foi publicado na Revista “Philistine” sem qualquer título.
- Pouco depois da edição ter saído do prelo, começaram a afluir pedidos para exemplares adicionais do número de março da “Philistine”, uma dúzia, cinqüenta, cem; e quando a American News
- Company encomendou mais mil exemplares, perguntei a um dos meus empregados qual o artigo que havia levantado o pó cósmico.
- “Esse de Garcia” – retrucou ele.
- No dia seguinte chegou um telegrama de George H. Daniels, da Estrada de Ferro Central de Nova York, dizendo: “Indique o preço para cem mil exemplares artigo Rowan, sob forma de folheto, com anúncios estrada de ferro no verso. Diga também até quando pode fazer entrega”.
- Respondi, indicando o preço e acrescentando que podia entregar os folhetos dali a dois anos.
- O resultado foi que autorizei o Sr. Daniels a reproduzir o artigo conforme lhe aprouvesse.
- Fê-lo, então, em forma de folhetos e distribuiu-os em três edições de meio milhão que se esgotaram rapidamente.
- Acontece que, justamente quando o Sr. Daniels estava fazendo a distribuição da mensagem a Garcia, o Príncipe Hilakoff, Diretor das Estradas de Ferro Russas, era hóspede da Estrada de Ferro Central de Nova York, como quer que seja, quando o príncipe regressou à sua Pátria, mandou traduzir o folheto para o russo e entregar um exemplar a cada empregado da estrada de ferro na Rússia. O breve trecho foi imitado por outros países; da Rússia, o artigo passou para a Alemanha, França, Turquia, Indostão e China. Durante a guerra entre a Rússia e o Japão, foi entregue um exemplar de “Mensagem a Garcia” a cada soldado russo. Os japoneses, ao encontrarem os livrinhos em poder dos prisioneiros russos, não tardaram em vertê-lo para o japonês.
- Para cima de quarenta milhões de exemplares de “Uma Mensagem a Garcia” têm sido impressos, o que é sem dúvida a maior circulação jamais atingida por qualquer trabalho literário durante a vida do autor, graças a uma série de circunstâncias felizes.
- .E. H. Aurora, Dezembro de 1913.
- Uma mensagem a Garcia
- Quando irrompeu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava a estes era comunicar-se rapidamente com o chefe dos insurretos, Garcia, que se sabia encontrar-se em alguma fortaleza do interior cubano, mas sem que se pudesse precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou pelo telégrafo. No entanto, o Presidente tinha que tratar de assegurar-se de sua colaboração, e isto o quanto antes. Que fazer?
- Alguém lembrou ao Presidente: “Há um homem chamado Rowan; e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan”.
- Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta com a incumbência de entregá-la a Garcia. Como este homem tomou a carta, meteu-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito e após quatro dias, durante a noite saltou de um barco nas costas de Cuba, como se embrenhou no sertão, para depois de três semanas, surgir do outro lado da ilha, tentando atravessar um país hostil e entregando a carta a Garcia – são coisas que não vêm ao caso narrar aqui. O ponto que desejo frisar é este: Rowam pegou a carta e nem sequer perguntou: “Onde é que ele está?”
- Hosana! Eis aí um homem, cujo busto merecia ser fundido em bronze e espalhado por todas as escolas. Não é de sabedoria livresca que a juventude precisa, nem de instrução sobre isto ou aquilo. Precisa sim, de um endurecimento de vértebras, para poder mostrar-se ativo no exercício de um cargo; para atuar com diligência, para dar conta do recado; para em suma, levar uma mensagem a Garcia.
- Garcia já não é deste mundo, mas há outros Garcias. Nenhum homem que tenha se empenhado em levar avante uma empresa, em que a ajuda de muitos se torne necessária, têm sido poupado de momentos de verdadeiro desespero ante a imbecilidade do grande número de homens, ante a inabilidade ou falta de disposição de concentrar a mente numa determinada coisa e fazê-la.
- Assistência irregular, desatenção tola, indiferença irritante e trabalho mal feito parecem ser a regra geral. Nenhum homem pode ser verdadeiramente bem sucedido, salvo se lançar mão de todos os meios ao seu alcance, quer da força, quer do suborno, para obrigar outros homens a ajudá-lo, a não ser que Deus Onipotente, na sua grande misericórdia, faça um milagre, enviando-lhe, como auxiliar, um anjo de luz.
- Leitor amigo, tu mesmo podes tirar a prova. Estás sentado no teu escritório, rodeado de meia dúzia de empregados.
- Pois bem, chama um deles e pede-lhe: “Queira ter a bondade de consultar a internet e de me fazer uma descrição sucinta da vida de Goeth “.
- Dar-se-á o caso de o empregado dizer calmamente: “Sim, Senhor” e executar o que lhe pediu?
- Nada disso! Olhar-te-á perplexo, e fará uma ou mais das seguintes perguntas:
- Quem é ele? Qual site? Onde está o microcomputador? Fui eu acaso contratado para isso? Não é desvio de função ? Não quer dizer Bismark? E se Carlos o fizesse? Já morreu? Precisa disso com urgência? Pra que quer saber isso?
- E aposto, dez contra um, que depois de haveres respondido a tais perguntas e explicado a maneira de procurar os dados pedidos e a razão porque deles precisas teu funcionário irá pedir a um companheiro que o ajude a encontrar Goeth e,depois, voltará para te dizer que tal homem não existe. Evidentemente, pode ser que eu perca a aposta, mas, segundo a lei das médias, jogo na certa. Ora, se fores prudente, não te darás ao trabalho de explicar ao teu “ajudante” que Goeth se escreve com “G” e não com “J”, mas limitar-te-ás a dizer meigamente: “Não faz mal, não se incomode” e dito isto, levantar-te-á e procurarás tu mesmo.
- Se os homens não tomam a iniciativa de agir em seu próprio proveito, que farão quando o resultado do seu esforço redundar em benefício de todos? Por enquanto, parece que os homens ainda precisam ser feitorados. O que mantém muito empregado no seu posto e o faz trabalhar é o medo de, se não o fizer, ser despedido no fim do mês.
- Ultimamente, temos ouvido muitas expressões sentimentais, externando antes simpatia para com os pobres, para com os infelizes desempregados à cata de trabalho honesto, e, tudo isto, quase sempre, entremeado de muita palavra dura para com os homens que estão no poder.
- Nada se diz do patrão que envelhece antes do tempo, nada se diz de sua longa e paciente procura de pessoal, que, no entanto, muitas vezes nada mais faz do que “matar o tempo”, logo que ele volta as costas.
- Conheço um homem de aptidões realmente brilhantes, mas sem a fibra precisa para gerir um negócio próprio e que, ademais, se torna completamente inútil, devido à suspeita insana que de que seu patrão o esteja oprimindo ou tenciona oprimí-lo. Sem poder mandar, não tolera que alguém o mande. Se lhe fosse confiada uma mensagem a Garcia, retrucaria provavelmente:
- “Leve-a você mesmo”.
- Também eu carreguei marmitas e trabalhei como jornaleiro, como, também, tenho sido patrão.
- Sei, portanto que alguma coisa se pode dizer de ambos os lados. Nada há de excelência na pobreza de per si; farrapos não servem de recomendação. Nem todos os patrões são gananciosos e tiranos, da mesma forma que nem todos os pobres são virtuosos.
- Todas as minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha conscienciosamente, quer o patrão esteja, quer não. E o homem que, ao lhe ser confiada uma carta para Garcia, tranquilamente toma a missiva, sem fazer perguntas idiotas, e sem a intenção oculta de jogá-lo na primeira sarjeta que encontrar, ou praticar qualquer outro feito que não seja entregá-la ao destinatário, este homem nunca fica “encostado”, nem tem que se declarar em greve para forçar um aumento de ordenado.
- A civilização busca ansiosa, insistentemente, homens nestas condições. Tudo que tal homem pedir, se lhe há de conceder. Precisa-se dele em cada cidade, em cada vila, em cada lugarejo, em cada escritório, em cada oficina, em cada loja, fábrica ou venda. O grito do mundo inteiro praticamente se resume nisso.
- ” PRECISA-SE, E PRECISA-SE COM URGÊNCIA DE UM HOMEM CAPAZ DE LEVAR UMA MENSAGEM A GARCIA”.